Completamente de acordo com o que disse o amigo Mauro, só quem não percebe de caça e de cães ou não tem experiência pensa que os cães caçam e tem o mesmo desempenho em terrenos diferentes. Vou só dar dois exemplos reais que se passaram na minha casa com o meu pai, tinhamos um amigo em Braga (talvez o maior caçador e atirador que conheci, não em tamanho mas em qualidade) que fez a tropa na minha terra, e que apartir daí vinha sempre caçar cá abaixo e trazia diversos amigos com ele, e começou a pedir ao meu pai para lhe arranjar perdigueiros para os amigos, a primeira que foi para cima, foi logo apelidada de não prestar, o que se passou foi que a cadela era belissima mas caçava perto e nas serras onde eles caçavam não podia ser assim, não precisou de dizer mais nada todos os que foram a seguir eram os que nós aqui no Alentejo diziamos que espantavam a caça por se alargarem muito. Tambem de Braga veio um podengo médio (do tamanho de um pointer) com que caçamos em Espanha, numas encostas de uma ribeira, estevas maiores do que eu, mas coelhos com fartura e o (pata larga) era o rei dos cães, só que quando eles chegavam aos silvados ele com a força que levava assim voltava para trás, e o meu pai dizia "aí não gostas de silvas, deves cá estar pouco tempo" pouco tempo foi uns cinco ou seis anos, até que a hemorrágica dizimou os coelhos na coutada e foi o azar do (pata larga) o couto onde passámos a caçar em V. Novas tinha muita silva, e ele tinha alergia a elas, e o meu pai disse a um amigo que o conhecia de caçar em Espanha se o queria comprar, o homem disse ao meu pai Sr Manel está a brincar você alguma vez vende esse cão, o meu pai respondeu-lhe se me der 70 contos o cão é seu, conclusão foi só meter o cheque ao banco, se fosse para achar coelhos em estevas ou matos e levá-los ás portas ou trazer á mão era uma máquina sem igual, mas silvas, que alivio que o meu pai teve e que contente o novo dono ficou.
Jlopes
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