A história que vou contar é veridica e a pessoa em questão era o avô da minha esposa.
Pessoa já de uma certa idade e com um jasto conhecimento do campo e da caça, visto ser toda a sua vida caçador profissional, os anos foram-se passando e na impossibilidade de exercer a profissão que gostava reformou-se.
Como todos sabem a alguns anos atrás, no tempo do terreno livre, vinha gente de todos os pontos do pais caçar ao alentejo, e quase todos traziam cães a maior parte deles nunca tinha visto o campo e por isso a maior parte deles por cá ficava, o sr Artur apanhada todos os podengos que encontrava dava umas voltas com eles no campo para se ambientarem, e passado pouco tempo lá ia ele com os ditos cães no dia de caça bem cedo, com um garrafão com um fundo falsso onde por cima levava agua e por baixo o furão e as redes, apanhava meia duzia de orelhudos, pendurava os orelhudos no cinto e lá ia ele pelo campo, com uma espingarda atada com arames, não que não tivesse armas boas mas fazia parte da jogada, durante o dia ia-se cruzando com varios caçadores em que estes ao verem uma pessoa já com idade avantajada, uma arma atada com arames, e com sete ou oito coelhos á cintura presumiam que tinham sido apanhados pelos cães e iam logo perguntando se queria vender os cães ao qual ele respondia com ar de desprezo, o amigo não tem dinheiro que pague os cães e sempre andando, ao qual eles iam sempre inssistindo e passado alguma inssistencia ele lá pedia um preço isorbitante, não negociavel, que na maior parte das vezes resultava, vinha depois a choradeira meus ricos cães nunca mais vou poder caçar pois eles é que me apanhavam os coelhos e lá iam os compradores a pensar que tinham enganado o velhote e o velhote a rir-se deles que nem um perdido tenho muitas e muitas deste senhor.
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